quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mestre Escultor José Rodrigues


Biografia


Escultor, desenhador e gravador, José Joaquim Rodrigues nasceu em Luanda (Angola) a 21 de Outubro de 1936. Desde sempre que a vocação para as artes o acompanha ao longo da vida e, ainda muito jovem, gostava de moldar barro.

Depois de convencer o pai a deixá-lo estudar em Portugal viveu primeiro no distrito de Bragança e, aos catorze anos, fixou-se no Porto com o propósito de estudar Belas Artes. Foi aí que concluiu o curso de Escultura em 1963 na Escola de Belas Artes do Porto onde também foi Professor.

Mais tarde e já em 1968, juntamente com alguns colegas que terminaram o curso, decidiram formar o grupo denominado Os Quatro Vintes, cujo nome provém de uma popular marca de tabaco com o mesmo nome.

No Porto, que é onde passa a maior parte da sua vida, fundou e presidiu à Cooperativa de Ensino Artístico Árvore que desde 1963 é considerada uma referência a nível cultural. Também tem ligações com o Alto Minho, mais concretamente a Vila Nova de Cerveira, onde recuperou o Convento de São Paio, situado num monte com lindíssimas vistas sobre a Vila e o Rio Minho. Adoptou como sua residência e oficina de trabalho, contemplando um espaço dedicado a exposições. Actualmente funciona como centro cultural e encontra-se aberto todo o ano com visitas guiadas às exposições permanentes que possui (desenho, escultura, arte sacra, arte oriental, entre outros) assim como workshops, conferências, concertos, teatro e circuitos pedestres. Ao percorrer os extensos jardins que o rodeiam podemos encontrar várias esculturas da autoria de José Rodrigues. Ajudou também a promover a Bienal Internacional de Cerveira que foi instituída em 1978.

Para além da escultura, José Rodrigues também se dedica à ilustração para livros de escritores e poetas como Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, Vasco Graça Moura e Albano Martins. Produz cerâmica e medalhas e já executou centenas de medalhas para diversas entidades. Realiza cenografias. Em Espanha colaborou com a Companhia Nacional de Teatro da Galiza e com a Companhia de Teatro de Madrid e, em Portugal, com o Teatro Universitário e o Teatro Experimental do Porto, a Seiva Trupe, o Teatro Experimental de Cascais e com o Teatro D.Maria II. Ainda colaborou com a Câmara Municipal do Porto para desenhar o cenário da cerimónia de classificação da Cidade do Porto como Património da Humanidade.

Hoje é considerado um dos maiores nomes das Artes Plásticas portuguesas, estando representado em várias colecções e instituições no país e no estrangeiro. A sua obra não deixa de gerar alguma controvérsia, embora seja um artista que se preze. Foram célebres as fortes criticas ao Cubo da Praça da Ribeira de 1976 e ao monumento ao empresário, de 1993, duas peças que hoje são aceites e respeitadas pelos portuenses.

Recentemente comprou e restaurou uma antiga chapelaria localizada na Rua da Fábrica Social em Santo Ildefonso, um espaço que utilizava como ateliê há cerca de 20 anos e que agora o converteu na conhecida Fundação Escultor José Rodrigues. O edifício é composto por varias salas de exposição onde podemos ver expostas obras do escultor, um auditório, um bar, uma companhia de bailado e de teatro. Hoje a acção promotora da sua Fundação desafia a tendência centralizadora do país, trazendo mais cultura ao Norte.

José Rodrigues também é coleccionador de várias obras, daí no seu projecto ter várias áreas reservadas para expor obras de alguns artistas, como é o caso de Mário Eloy, Almada Negreiros, Júlio Resende, Júlio Pomar, entre outros “nomes sonantes da arte portuguesa”.


Convento de São Paio

Convento de São Paio em Vila Nova de Cerveira


Este convento tem uma história muito peculiar. Segundo as gentes do Vale do Minho, principalmente as que viviam próximo de Vila Nova de Cerveira, sempre estranharam o facto do convento se encontrar num local isolado. Tudo indica que as pessoas que estavam ligadas à igreja normalmente procuravam lugares mais afastados para se recolherem na oração e meditação da palavra divina. Toda a gente sentia um grande fascínio por aquele lugar que diziam ser bendito para o olhar e para as águas.

Entretanto o segredo foi passando de boca em boca, até que as suspeitas se confirmaram: nos dias de sol todo o convento luzia num brilho que denunciava riqueza. Todavia, num local onde existia uma casa de monges, o brilho só podia vir de outro sítio, ou seja, eram os próprios monges a estender ao sol as moedas de ouro que tinham escondido. Hoje em dia há quem diga que nos dias mais claros o brilho do ouro continua a reluzir para os lados do convento.

Mas a história da sua origem não se fica por aqui. Sabe-se que por volta de 1477 existiu o Convento de Santa Maria de Loivo, habitado na altura por monjas beneditinas.

Numa quebrada situada no Monte da Pena foi construído em 1932, por ordem do frade Gonçalo Marinho, o mosteiro franciscano de São Paio do Monte, considerado local de devoção e conhecido por receber inúmeros visitantes.

Actualmente foi recuperado e adaptado pelo Escultor e Gravador José Rodrigues, que o transformou num ateliê de obras de arte, que funciona também como Centro Cultural que se encontra aberto todo o ano com visitas guiadas às exposições permanentes que possui, nomeadamente, Desenho, Escultura, Arte Sacra e Arte Oriental. Organiza também Workshops, Conferências, Concertos, Teatro e Circuitos






Imagens retiradas da Internet.

Algumas obras de arte do Mestre José Rodrigues